O QUE É LINHA DE VIDA?
Um sistema de Linha de Vida é composto de um cabeamento de alta resistência, fixado a cobertura através de pontos de ancoragem que podem ser de diversas formas, dependendo do tipo de cobertura. Permitem que o trabalhador esteja sempre conectado a um ponto seguro na cobertura e possa se movimentar livremente.
SAIBA TUDO SOBRE LINHA DE VIDA
A linha de vida, não é nada mais do que parte de um sistema de proteção contra queda. Para que seja eficiente, primeiramente você deve entender onde está o risco de queda. Parece óbvio, mas nem todo trabalho em altura oferece risco de queda, por exemplo uma atividade no topo de uma caixa d’água fechada com guarda-corpo. Se não houver risco de queda através do piso, o guarda-corpo irá impossibilitar a queda. Mas e sobre um telhado? Onde existem claraboias, perímetro desprotegido, etc…? Nesse caso a Linha de Vida pode ser a melhor opção.
PROCESSO DA ANÁLISE DE RISCO
QUAIS OS PRINCIPAIS RISCOS DE QUEDA EM UM TELHADO?
Através da telha
Pelo perímetro do telhado
Claraboias, zenitais e aberturas
ZONA LIVRE DE QUEDA
Legenda:
1 – ancoragem de extremidade
2 – linha de ancoragem
3 – suporte de apoio intermediário
4 – passarela
5 – ponto móvel de ancoragem
6 – talabarte de segurança
7 – absorvedor de energia estendido
8 – nível do chão
X – posição do usuário antes da queda
Y – posição do usuário depois da queda
V – flexão em V da linha de ancoragem
Como podemos ver acima, a ZLQ é composta de uma série de fatores e um deles é a flecha gerada em uma determinada Linha de Vida. O fabricante do dispositivo de ancoragem não terá como lhe informar a sua ZLQ já que não tem como prever qual talabarte será usado com sua linha, tampouco a distância livre abaixo do local da atividade. Porém o PLH que fará a seleção desta linha de vida pode verificar se a flecha informada pelo fabricante é compatível com a atividade executada e com a distâncias livre de queda até um obstáculo ou o piso inferior. Idealmente queremos selecionar a Linha de Vida com a menor flecha, mas como tudo na vida, isso é uma troca. Normalmente as linhas com a menor flecha costumam repassar as maiores cargas para a estrutura de fixação.
Como diversos telhados por aqui no Brasil não possuem boa resistência, isso é algo que precisa ser avaliado com cuidado.
Em um telhado de grande porte, a ZLQ pode variar ao longo da Linha de Vida. O PLH pode por exemplo proibir o acesso a determinados pontos do telhado onde a ZLQ é muito curta e redirecionar o trabalhador para contornar estes locais. A utilização de cordas com trava-quedas junto a uma linha de vida permitem excelente locomoção por cima do telhado mas podem aumentar a distância de queda também. Havendo a possibilidade de queda ao se utilizar uma corda conectada a Linha de Vida, deve se verificar o risco de arestas desprotegidas que podem cortar a corda. Vamos abordar esse assunto melhor abaixo.
CANTOS VIVOS OU ARESTAS DESPROTEGIDAS
Cantos vivos são muitas vezes negligenciados, mas oferecem um enorme risco a atividade.
Linhas de vida possuem basicamente dois formatos. Para restrição de quedas ou para retenção de quedas e os cantos vivos se tornam um grande perigo quando existe a possibilidade de queda (retenção), por isso é sempre melhor trabalhar no formato de restrição.
RESTRIÇÃO E RETENÇÃO DE QUEDAS
Para definirmos qual o modelo certo de linha de vida – restrição ou contenção, devemos avaliar o tipo de telhado e onde se encontra o risco de queda. Quando existe a possibilidade de queda através da telha como em casos de coberturas de amianto ou fibrocimento, o dispositivo de ancoragem passa a ser de retenção. Este tipo de linha de vida deve ser dimensionado para suportar as enormes forças de impacto que são geradas e repassadas no momento da queda. Este impacto é diretamente repassado para a estrutura da cobertura que deve ser compatível com o sistema que for selecionado. Como já falamos em diversos momentos, estas forças de impacto só podem ser informadas com precisão, se o fabricante do dispositivo de ancoragem submeteu seu sistema a todos os ensaios e testes descritos na NBR-16325.
Na W Engenharia temos uma grande e excelente equipe de engenheiros e projetistas, mas mesmo com toda a experiência que temos, é comum que os ensaios resultem em forças diferentes das esperadas, por isso a importância de ensaiar os dispositivos.
Em coberturas onde não existe o risco de queda através da superfície, como em coberturas de laje, podemos dimensionar uma linha de vida para restrição de quedas a fim de evitar que o usuário se aproxime demais do perímetro. Conseguimos trabalhar dessa forma quando a distância entre a linha de vida e o perímetro é maior do que o comprimento do talabarte selecionado. Este comprimento pode ser ajustável quando se utiliza por exemplo corda e trava-quedas.
IMPACTO REPASSADO PARA A ESTRUTURA DA COBERTURA
Esta é uma das informações mais importantes que o fabricante deve obrigatoriamente informar ao PLH que for dimensionar o SPIQ. Lembrem-se que a única forma de conseguir saber com precisão as forças de impacto que serão repassadas para a estrutura, é através dos ensaios dinâmicos contidos na NBR16325. Cuidado com fornecedores que apresentarem apenas cálculos em forma de memoriais e ART. Não é à toa que uma célula de carga que tem a função de medir as forças de impacto geradas durante uma queda de um ou mais usuários, deve fazer ao menos mil leituras por segundo. São equipamentos muito caros e de alta precisão para captar os impactos que podem durar apenas cinco milissegundos.
A fim de tentar reduzir estes impactos, muitos fabricantes optaram por desenvolver absorvedores de energia que costumam ser instalados no fim do cabo de aço, mas nem sempre esta é uma boa solução. Vamos entrar em mais detalhes.
ABSORVEDOR DE IMPACTO
Estes equipamentos são extremamente complexos e precisam passar por diversos ajustes ao longo de seu desenvolvimento o que encarece a peça já que é preciso tecnologia de ponta a fim de chegar num dispositivo que realmente funcione para um determinado cenário.
Os dispositivos de absorção de impacto em linha também conhecidos como ABS, normalmente se alongam no ato da queda, absorvendo parte do impacto, mas em troca aumentando o comprimento da linha de vida e, portanto, aumentando a flecha gerada na queda.
É comum vermos que os absorvedores que mais reduzem as forças de impacto, são também os que mais se alongam. O contrário também é verdade.
A fórmula da catenária, responsável por aumentar as forças de impacto geradas no meio do cabo de aço pode ser vista melhor neste gráfico retirado da NR35 que a W Engenharia teve o prazer de doar ao Ministério do Trabalho:
Força de tração em linha de vida flexível
Com ângulo central de 160º, a força de tração no cabo é aproximadamente 3 vezes a força de impacto vertical.
Com ângulo central de 175º, a força de tração no cabo é aproximadamente 11 vezes a força de impacto vertical.
Lembre-se:
Molas são péssimos absorvedores pois não dissipam a energia, pelo contrário, armazenam e devolvem criando um efeito de Bungeejump.
Diversos fabricantes vão te informar a carga que o absorvedor suporta – comumente 1500kg – o que demonstra a total falta de conhecimento no assunto já que o que deveriam informar é quanto absorvem, qual a carga que repassam a estrutura e quantos usuários podem utilizar este mesmo sistema simultaneamente.
ABS que não foi ensaiado e testado exaustivamente, oferece um enorme risco de não ser eficaz.
O PLH – profissional legalmente habilitado, é quem deve selecionar o SPIQ com todos os seus componentes. Se o fabricante fornece o resultado dos ensaios da NBR-16325, a vida do PLH fica muito mais simples.
Garantia de Qualidade:
Conforme o termo de garantia a ser entregue no dia da entrega técnica da instalação, a W Engenharia garante e plena operação do
sistema pelo prazo de 12 meses (1 ano) a partir da data da entrega técnica.
Abaixo apresentam-se 4 selos de qualidade W Engenharia:
COTAÇÃO ONLINE – LINHA DE VIDA
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